terça-feira, 27 de abril de 2010

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"I want someone to love me
For who I am"

O padrão de beleza é muito relativo. Ele varia com o tempo, com a estação, com o humor e com os hormônios de cada ser. A maioria das mulheres se espelham nas atrizes e modelos, ou porque as admiram, porque a mídia gera um pedestal para elas ou porque os homens babam quando as veem. E Deus me livre se não forem com as Hollywoodianas.

Para resolver esse pequeno abismo que separa as mulheres “comuns” e as atrizes famosas, a mídia nos diz que se consumirmos tal produto nossos problemas acabarão. Ou seja, compre o iogurte X e emagreça 5kg, e fique com o corpo da mocinha da novela, garanta seu príncipe encantado, tenha uma família feliz, envelheça do lado do seu amor eterno e, então, após uma vida longa e satisfatória, livre de rugas, pois você utilizou um creme que acabou com elas, vá para o paraíso. Resumindo: COMPRE o produto, ué.

O que seria de um empreendimento sem propaganda? Nada, poxa. Por isso devemos ter em mente que não são os produtos que nos transformam, e sim, nós transformamos os produtos. Ficamos com tanta gana e vontade de comprar aquela coisa que, quando finalmente conseguimos obte-los, nossa autoestima se eleva ao 15º grau de vaidade mórbida.

E aí vai a pergunta: será que foi mesmo a ultra proteção do shampoo que a deixou mais bonita ou o brilho repentino que apareceu em seus olhos? Será que foi o sapato novo que a deixou mais atraente ou a autoconfiança ao andar sobre eles? Tudo é muito psicológico.


A beleza está no que você é. No que você deixa transparecer perante a sociedade. Podemos não ser a Juliana Paes, nem chegamos perto da Angelina Jolie, mas somos as Marias, Julias, Larissas, Déboras, Ivetes, Claudias, e temos nossa própria beleza. Sapatos e afins só dão um toque a mais no nosso ego, mas a beleza está em cada olhar, em cada gesto, em cada ação.


E que nos aceitem como somos
!


Que nós nos aceitemos como somos.

A verdadeira beleza não é o que nos fazem acreditar que deveremos ser ou parecer.