sábado, 10 de outubro de 2009

...

Que tal um beijo, saumensch?
"A única coisa pior do que um menino que detesta a gente: Um menino que ama a gente."
A menina que roubava livros

Tomei vergonha na cara e terminei de ler a 'A Menina que roubava livros'. Já fazia um boom tempo que eu tinha começado, mas parei pra ler 'Soul Love' - livro altamente recomendável e perfeito - e depois fui obrigada - pela professora de LPL - a ler 'O cortiço. Acabei perdendo o fio da meada e fiquei com preguiça de continuar, assumo. Mãs, minha curiosidade falou mais alto e eu continuei com a história de uma saumensch, um saukerl, um acordeonista, uma mamãe mau humorada e igualmente doce, um judeu, uma guerra, o Führer e a morte.
Quando eu penso que já não existe mais livros que me possam me fazer chorar, aparece uma menina roubadora de livros e me faz mudar de ideia. Porque, de verdade, eu chorei do cáp. 10 até a última página e acho que se eu ler de novo vou acabar derrubando lágrimas durante o livro inteiro, só por lembrar de todos momentos doces de Liesel e Rudy, dos ensinamentos do papai e das músicas tocadas no acordeão, da inocência de Max ou dos chingamentos de Rosa. Dos beijos que um menino apaixonado pedia pra sua melhor amiga e a vontade que ela tinha de beijar aquele saukerl. Ou eu choro apenas por pensar em todas as tragédias e injustiças que uma mente ignorante foi capaz de administrar.
Esse livro não é uma auto-ajuda e nem é pra fazer você parar e pensar na vida. Não te dá lição de moral e nem é aquelas histórias águas com açúcar que no final dá uma lição. É um livro sincero, com tema forte mas palavras suaves.
Ele pode ser confuso e te deixar a ver navios no começo, mas tudo se explica ao desenrolar da história. Pra quem começou agora e pensa em parar, aí vai uma dica - e uma ordem- NÂO PARE!
Sem mais palavras pra descrever. É simplesmente perfeito. Não é meloso, não é romântico... é puro. É sincero e doce. É uma mistura de tragédia com delicadeza.
Uma única certeza, a Segunda Guerra Mundial vai ser lembrada, de agora em diante, por Hitler, Judeus, Comunistas, dor, um porão gelado, uma menina órfã e seu melhor amigo, um acordeonista, um boneco de neve e uma biblioteca.

Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler.