sábado, 25 de julho de 2009

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Esse descurso abaixo, foi apresentado por uma menina canadense de 13 anos, em uma conferencia da ONU, aqui no Brasil, em 1992.  Palavras de uma criança, que estava tentando cuidar da próxima geração, que no caso, somos nós.

Olá, sou Severri Suzuki, represento o ECO, a organização das crianças em defesa do meio ambiente. Somos um grupo de crianças canadenses, de 12 a 13 anos, tentando fazer a nossa parte, contribuir.
(...) Ao vir aqui hoje, não preciso disfarçar meu objetivo, estou lutando pelo meu futuro. (...) Estou aqui para falar em nome das gerações que estão por vir. Estou aqui para defender as crianças com fome, cujos apelos não são ouvidos. Estou aqui para falar em nome dos incontáveis animais morrendo em todo o planeta porque já não têm mais para onde ir. Não podemos mais permanecer ignorados.
Hejo tenho medo de tomar sol por causa dos buracos na camada de ozônio. Tenho medo de respirar esse ar porque não sei que substâncias químicas o estão contaminando.
(...) Vocês se preocupavam com essas coisas quando tinham a minha idade?
Todas essas coisas acontecem bem diante de nossos olhos, e mesmo assim, continuamos agindo como se tivessemos todo o tempo do mundo e todas as soluções. Sou apenas uma criança e não tenho todas as soluções, mas quero que saibam que vocês também não tem. Vocês não sabem como reparar os buracos da camada de ozônio. Vocês não podem ressucitar os animais extintos. Vocês não podem recuperar as florestas que um dia existiam onde hoje é deserto. Se vocês não podem recuperar nada disso, então, por favor, parem de destruir.
(...) No Canadá temos uma vida privilegiada, com fartura de alimentos, água e moradia. Temos relógios, bicicletas, computadores e aparelhos de TV. Há dois dias, aqui no Brasil, ficamos chocados quando estivemos com crianças que moram nas ruas. Ouçam o que uma delas nos contou: "eu gostaria de ser rica, e se fosse, daria a todas as crianças de rua alimentos, roupas, remédios, moradia, amor e carinho". Se uma criança de rua, que não tem nada, ainda deseja compartilhar, por que nós que temos tudo somos ainda tão mesquinhos? Não posso deixar de pensar que essas crianças têm a minha idade e que o lugar onde nascemos faz uma grande diferença. Eu poderia ser uma daquelas crianças que vivem nas favelas do Rio. Eu poderia ser uma criança faminta da Somalia. Uma vítima da guerra no Oriente Médio ou uma mendiga da Índia.
Sou apenas uma criança mas ainda assim, sei que se todo o dinheiro gasto nas guerras fosse utilizade para acabar com a pobreza, para achar soluções para os problemas ambientais. Que lugar maravilhoso a Terra seria.
Na escola, desde o jardim de infância, vocês nos ensinaram a sermos bem comportados, nos ensinaram a: não brigar com os outros, resolver as coisas bem, respeitar os outros, arrumar nossas bagunças, não maltratar outras criaturas, dividir e não ser mesquinho. Então.. por que vocês fazem justamente o que nos ensinaram a não fazer?
(...)  Meu pai sempre diz "Você é aquilo que faz e não o aquilo que você diz". Bem, o que vocês fazem, nos fazem chorar a noite. (..) Eu desafio vocês. Por favor, façam suas ações refletirem as suas palavras. Obrigada.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

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- Quero que você fique comigo no escuro. Que me abrace. Que continue me amando. Que me ajude quando eu ficar com medo. Que vá até a beiradinha junto comigo pra ver o que tem lá.
Ele me olhou com muita intensidade.

- E se eu fizer alguma coisa errada?
- É impossível você fazer alguma coisa errada.
- Eu posso te decepcionar.
- Você não vai me decepcionar.
- Eu posso surtar.
- Não faz mal. Eu só quero que você esteja comigo.

Antes de morrer - Jenny Downham

Porque de repente, de duas almas, se faz uma só. Dois corações se unem sem nem entender o porque, ou como. A partir desse momento, é como se os dias só valessem a pena quando as duas partes se encontram. Como se a vida só tivesse começado depois de um ter entrado no caminho do outro. Como se passassem a viver, e não mais simplesmente existir.
A idéia de viver separado um do outro não passa pela cabeça de nenhum dos dois. Eles se completam. Eles sonham com um futuro onde os detalhes são simplesmente detalhes, mas que têm certeza de que valerá a pena por ambos estarem juntos. E é assim que vai ser.
Ele a ajuda com sua força. Ela o encoraja com sua razão. Ele a protege e ela o encanta. Eles foram feitos um para o outro. Um encaixe perfeito.

sábado, 11 de julho de 2009

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Os laços que nos unem as vezes são impossíveis de explicar. Eles nos conectam até mesmo quando os laços deveriam ser quebrados. Alguns laços desafiam a distância... e tempo... e lógica... Porque alguns laços são simplesmente... o que eles são. Grey's Anatomy

E os laços deveriam ser quebrados, mas a laçada não consegue se desfazer disso. Não tem como.
Por mais que seja necessário, não há coragem pra isso. É como querer parar de colocar oxigênio pra dentro do corpo, mas saber que é impossivel parar de respirar, se não morremos. É como querer parar de fazer as estrelas brilharem mas simplesmente não conseguir deixar de admirar a beleza que elas contém. É simplesmente querer não pensar, mas saber que não tem como esquecer. É querer dar um basta e não voltar atrás, mas saber que a razão sempre perde pro coração.
E enquanto isso, o laço fica lá, conectado. Ficando cada vez mais firme, cada vez mais difícil de quebrar. Desafiando a lógica. Torturando. Mas eu simplesmente não consigo me desfazer dele.

Não espero que me entenda, nem que tampouco volte atrás nas suas decisões precipitadas. Não espero que concorde comigo, nem que veja as coisas com os meus olhos. Só espero que cuide do meu coração, porque ele realmente ficou com você.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

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Me sinto uma menininha contando seu dia para seu querido diário, e acho que é isso que eu desejo: voltar a ser uma frágil menina. Sinto falta de quando minhas preocupações se reduziam a não deixar com que o cabelo de minhas bonecas ficassem verdes de tanto dar banho. Sinto falta de dormir ao som de uma canção de ninar nos braços calorosos de meus pais. Eu queria voltar nos dias em que era consolada por pensar que o bicho papão estava embaixo da minha cama. Quando eu chorava não precisava nada mais do que um beijinho e um colo para que a dor passasse. Quando eu caia alguém sempre me levantava. Eu era apenas uma criança que não queria nada mais do que continuar sendo uma criança. E hoje, o que eu sou? Quando choro não há beijo ou colo que faça a dor - muito maior do que a de antes - passar. Parece que, em certos momentos, o mundo desaba sobre você. Hoje, quando eu caio ninguém me levanta. As pessoas podem passar por cima, mas não estendem a mão para ajudar.
Porque não posso continuar vendo o mundo com os olhos de criança? Porque toda a inocência não está mais aqui? Porque eu não posso ser embalada para dormir ou amparada quando me machuco? Crescer deveria significar apenas amadurecer, mas hoje, crescer é esquecer seus sonhos e viver apenas em um lugar incompreensivel e corrupto que chamam de mundo real. É como se quando você se torna adulto você recebe uma mascara séria e é isso que você tem que ser. Você não precisa de contos de fadas nem de canções para dormir. Você não tem mais 5 anos para esperar ansiosamente a chegada do natal. Quando estamos na infância nós somos felizes e nem damos conta disso. Podemos falar o que pensamos, chorar quando queremos, sorrir quando der vontade. Aí então crescemos e temos que sofrer calada e sorrir falsamente porque é isso que a sociedade quer. Agora, encontro refúgio em minhas lembranças. Lembranças de um mundo de super heróis e finais felizes para sempre.
Um pequeno - haha - texto que eu fiz pra aula de português, mas fico bonitinho até q.w